Viver numa
sociedade de consumo, que busca na erotização dos corpos infantis, que em
propagandas de seus produtos usam crianças para despertar o consumismo e
encantar o adulto pela infância e juventude, não se preocupando com a exposição
das crianças e adolescentes, mas a mídia mostra o lado erotizado das imagens
com cenas sensuais ou dizeres provocadores. Se a mídia não usassem crianças e
adolescentes também explora a imagem dos bebês soft que mostram a pureza e o
angelismo dos bebês perfeitos em um período de doçura, meiguice, delicadeza e
maciez, por isso soft, gerando a pedagogia da visualidade chamada por
Cunha(2005) que contribuem para que crianças e adultos constituam seus modos de
ver, ser, ler, elaborar imagens, perspectivas, de pensar, de imaginar e
fabular. Mas em momento algum vemos bebês magros, prematuros, compridos,
negros, índios, japoneses, desfigurados, cabeçudos, entre outros, os chamados
invisíveis. Cunha(2207) descreve “o invisível, aquilo que ocultamos que não
está disponível ao olhar, também contribui para formularmos nossos modos de ver
o mundo”. E fica para nossa reflexão a frase do artigo de Cunha “se para
muitos, no senso comum, a primeira infância já tida como sem voz, pense então o
que é ser sem voz, ser invisível e ser infantil.”
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