Os Contos de Fadas podem ser
considerados a temporais, dadas a universalidade e contemporaneidade de que são
constituídos. Caracterizam-se com condições que o leitor se identifica com personagens,
características ou fatos vivenciados de superação, obstáculos e dificuldades.
De acordo com a autora, a utilização de ritos
de passagem (idade, estado civil), tem como objetivo confrontar diferentes
cenários culturais onde o mais fraco sai vitorioso e “vive feliz para sempre”,
deixando subentendido que todos temos capacidades plenas de persistir na busca
de realizações pessoais, ainda que sejamos colocados à prova, como ocorrem com
os heróis e mocinhas que protagonizam os fatos. Quando estas narrativas são
recontadas, utilizando-se de linguagens poéticas, metafóricas e coloridas, são
propostos contatos com vidas diferentes.
A autora reforça a ideia de
que é preciso conhecer a fundo os contos de fadas, saber a linguagens e fatos
narrados que derivam de uma época e contexto histórico distinto do atual, de
forma que os desfechos apresentados, não traiam o original. Segundo ela, o
texto descreve “essas versões expurgadas dos contos de fadas, em nome do
moralismo, do didatismo, do realismo ou do "politicamente correto",
na melhor das hipóteses costumam combinar duas características que não são
apenas uma rima, mas uma lástima: arrogância e ignorância.”
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